
Sobre o trabalho realizado em Paranapiacaba, tenho a revelar que foi uma pesquisa árdua em pouco espaço de tempo e influências exteriores que fizeram atrasar a entrega do mesmo, mas no final foi satisfatória(eu esperava muito mais de mim) dado a equação tempo e disponibilidade de ir a campo para pesquisas. Me comprometi a melhorar o que foi apresentado como TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) que veio a perpetuar minha graduação e História. Desde o início do curso tinha a vontade de falar sobre o ABC, seu movimento operário e as pessoas que construiram a região. Foi pensado em retratar todo o movimento operário desde o advento das linhas férreas do Alto da Serra (Paranapiacaba) passando pelo Anarco- sindicalismo, a chegada da indústria automobilística, as grandes greves até os dias de hoje (ou de ontem). Porém outra vertente me tirava de tal caminho, a vontade e necessidade de mostrar fontes alternativas para o estudo e as pesquisas históricas. O palco escolhido foi o Cemitério, tema que após apresentado por Eduardo Rezende, grande "Cemiterialista", veio a me facinar e confundir tudo aquilo que almejava. A confusão se desfez quando consegui juntar os dois temas: lutas de classes no ABC e cemitérios. assim nasceu o tema trabalhado, o grande questionamento era: "como o Cemitério Bom Jesus de Paranapiacaba conta a História deste vilarejo?" .
Alguns frutos (suculentos) foram colhidos - primeiro concluir o curso de licenciatura em história, depois a possibilidade de publicar esse estudo e por fim mas tão importante quanto aos demais, a exposição das fotos tiradas nas pesquisas de campo, que o Empório São Francisco promoveu no dia 17 de janeiro deste ano. Mais uma vez agradeço a presença de todos amigos que lá estiveram prestigiando a exposição e mais ainda o dueto de guitarras "The Dumb".